Em casa ou no consultório, é possível travar a passagem do tempo. Saiba como De ligeiro sulco, recordação das nossas expressões, a rug...

Apague as rugas



Em casa ou no consultório, é possível travar a passagem do tempo. Saiba como

De ligeiro sulco, recordação das nossas expressões, a ruga escava-se ao longo do tempo transformando-se numa prega cada vez mais profunda e evidente.

A razão? Um ambiente que envelhece, que se altera e degrada. Na realidade, para além da falta de tonicidade devida a uma menor renovação das fibras de colagénio e elastina, é a diminuição de substância e de volume cutâneo, provocada pela perda de adiposidade sub-cutânea, que amplia as rugas.

Mas para quem se recusa a ver o seu rosto «amarrotado» pela idade, a ciência tem uma resposta para este problema. As principais novidades anti-tempo são hoje em dia amplamente usadas na dermatologia e cirurgia estética, como também na cosmética.

Conheça-as:

Injeções de toxina botulínica

É talvez a técnica mais famosa para eliminar as rugas do terço superior do rosto e consiste na injeção de uma substância (toxina botulínica) que paralisa a contração muscular. «Ao não deixar o músculo contrair, o rosto entra em repouso e as rugas de expressão atenuam», explica Manuela Cochito, dermatologista.

Os primeiros efeitos surgem 48 a 72 horas após o tratamento e atingem o seu máximo, uma a duas semanas depois, traduzindo-se numa expressão facial mais relaxada. «O efeito dura três a seis meses, após os quais um novo tratamento pode ser necessário», diz a especialista.

Preenchimentos injetáveis ou fillers

É uma das técnicas anti-envelhecimento mais procurada do momento e consiste na injeção de substâncias (naturais ou sintéticas) que preenchem as rugas. Os preenchimentos naturais resumem-se a gordura humana retirada da paciente e, posteriormente, preparada e injetada nos sulcos.

O ácido hialurónico é o filler sintético mais usado atualmente por ser relativamente seguro e não causar alergias com gravidade. «A desvantagem é que o efeito dura apenas dez meses», refere Manuela Cochito.

Existem ainda os fillers definitivos, geralmente aplicados em casos mais complexos e na reconstrução de zonas do rosto como explica a dermatologista: «Faz-se uma espécie de prótese em forma de saco onde depois se injeta o produto definitivo».

Laser

Os vários tipos de laser utilizados no combate às rugas podem, basicamente, ser divididos segundo o seu efeito: resurfacing ablativo e não ablativo. O resurfacing ablativo, realizado com laser de CO2 ou laser erbium: YAG, consiste na extracção de camadas sucessivas de pele até ao desaparecimento total ou parcial das rugas.

Tem a desvantagem de implicar uma recuperação lenta, de pelo menos seis meses. Isto levou ao aparecimento de outro tipo (o laser de fraccionamento) que em vez de retirar a pele como um todo faz uma espécie de picotado para uma recuperação mais rápida. O resurfacing não ablativo (ou subresurfacing) pode ser realizado com vários tipos de luz.

Laser

A Luz Intensa Pulsada (LIP) transforma a sua energia luminosa em calor para estimular o colagénio da pele, proporcionando um efeito de boa cara em apenas uma sessão.

A luz fria ou LED (Light-Emiting Diodes) consiste numa luz amarela com poder cicatrizante. Bastam 35 segundos por sessão para a pele ficar mais radiosa e lisa, com os poros mais fechados.

«Ao contrário do resurfacing que é feito num tratamento único, o subresurfacing é realizado em várias sessões», salienta Manuela Cochito.

Radiofrequência

Consiste na emissão de uma onda rádio que actua em profundidade, fazendo aquecer os tecidos de sustentação da pele. «Uma acção que permite não só relançar a síntese de colagénio como também modificar as células de gordura, contraindo-as», explica Fernando Guerra, dermatologista.

Ao contrair os tecidos este método é útil para redefinir o contorno do rosto, reduzir parcialmente o duplo queixo e tonificar o pescoço, como também para «alisar um ventre flácido, refirmar braços, joelhos, coxas e glúteos e eliminar a celulite», adianta o especialista.

Os resultados são visíveis após o primeiro tratamento. «Há um efeito lifting imediato que não é o definitivo, mas é muito compensador», afirma.

Peeling

Aplicação de uma substância química no rosto que remove camadas de pele. Pode ser superficial, médio ou profundo consoante a substância utilizada e o objectivo pretendido, esclarece Manuela Cochito:

«O peeling superficial é realizado com ácido glicólico e/ou ácido salicílico e está especialmente indicado para o tratamento de cicatrizes superficiais da acne. Para tratar cicatrizes mais marcadas recorre-se a um peeling médio à base de ácido tricloroacéptico», refere.

«O peeling profundo pode ser utilizado para grandes rejuvenescimentos, no entanto, como tem um elevado risco de gerar cicatrizes é mais seguro recorrer ao laser, em que controla de forma mais rigorosa a queimadura que se produz na pele», acrescenta.

Lifting

Procedimento cirúrgico que trata a flacidez do rosto e pescoço, esticando a pele e os tecidos subjacentes, e removendo o excesso de gordura, se necessário. O lifting completo da face, ou facelift, é recomendado para um envelhecimento facial intenso, bochechas caídas e sulcos profundos no rosto e na região do pescoço.

«As incisões são feitas em locais dissimulados porque fica sempre um cicatriz», explica o cirurgião plástico. Para quem apresenta envelhecimento facial suave, principalmente na zona dos olhos e na parte superior das maçãs do rosto pode fazer apenas um minilifting», sublinha.

Existem ainda outras opções como o lift frontal, «indicado para pessoas com testa marcada por muitas rugas de expressão, a cirurgia das pálpebras (blefaroplastia) que remove os papos e a pele enrugada e caída da pálpebra superior ou inferior e o lifting cervical recomendado para quem tem excesso de gordura ou flacidez na região do pescoço», enumera.

Sabia que...
As rugas resultam, essencialmente, da perda de três componentes cruciais da pele: ácido hialurónico, colagénio e elastina. Até agora, os dermatologistas ainda só conseguem substituir os dois primeiros.

Texto: Vanda Oliveira com Fernando Guerra (dermatologista), Joaquim Seixas Martins (cirurgião plástico) e Manuela Cochito (dermatologista)


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