alturas de festa. Uma alimentação deficiente tem inúmeras consequências para a criança. Entre as várias situações possíveis, as mais com...

A importância de uma alimentação infantil correta.



alturas de festa.

Uma alimentação deficiente tem inúmeras consequências para a criança. Entre as várias situações possíveis, as mais comuns são a má formação óssea e um comprometimento da formação da dentição, já que hoje em dia «o leite é muitas vezes substituído pelos refrigerantes». Por outro lado, o aumento do consumo de fast food e de fritos, bem como uma alimentação rica em lípidos (gorduras) traduz-se, na maioria dos casos, num aumento de massa gorda no organismo.

«As crianças que apresentam uma alimentação desequilibrada possuem uma probabilidade elevada de se tornarem adultos afectados por alguns problemas de saúde», afirma a nutricionista.

O aumento do consumo de gorduras e fritos poderá estar associado a uma hipercolesterolemia bem como a hipertensão arterial, pelo facto de muitas vezes estar também implícito o aumento da ingestão de sal. Por seu lado, o excesso de açúcar pode provocar diabetes a longo prazo. Assim, o excesso de peso é apenas a face mais visível de uma alimentação desregrada. De acordo com a nutricionista, «a taxa de obesidade infantil triplicou na última década em Portugal».

Além destas complicações de saúde, podem surgir problemas psicológicos na criança pelo excesso de peso. A crueldade e a sinceridade dos colegas da escola podem provocar complexos na criança que, por sua vez, em casos mais extremos, podem originar doenças do comportamento alimentar como a bulimia ou a anorexia. Magda Serras alerta também para o facto de estas alterações do comportamento alimentar surgirem «em idades cada vez mais precoces, aos 13 ou 14 anos ou até antes».

E se as crianças são, por um lado, influenciadas por um tipo de publicidade e marketing que deturpa a ideia de uma alimentação correcta, com chocolates com uma percentagem maior de leite ou com cereais hipercalóricos, há depois outro tipo de publicidade que tem o efeito inverso, caso dos anúncios de moda que deturpam por seu lado o ideal de beleza.

E é quando estes diferentes tipos de influência se confrontam que surge o perigo de aparecimento de distúrbios alimentares.

Alimentação em casa e na escola

«O problema de uma alimentação incorrecta é muitas vezes menosprezado, tanto pelos pais como pela escola, porque não dói de imediato. Os pais deixam arrastar a situação e não tentam regrar nem corrigir a alimentação dos filhos», menciona Magda Serras, acrescentando: «Os pais têm de compreender que uma alimentação mais saudável, hoje, vai prevenir todo um conjunto de doenças, no futuro, como a diabetes, a hipercolesterolemia ou a obesidade.»

A nutricionista alerta para outro erro cometido com frequência pelos pais, nomeadamente quando «dão as mesmas quantidades de comida a uma criança e a um adulto. É errado, pois não têm as mesmas necessidades nutricionais. Há a tendência para, por exemplo, dar ao filho um bife igual ao dos pais. No entanto, o bife deverá ser menor, uma vez que, além do excesso de peso que cria a longo prazo, pode provocar uma sobrecarga renal».

É necessário adequar as quantidades à idade e peso da criança. A nutricionista dá, ainda, o exemplo do leite: «Uma criança com 1 ano de idade necessita de cerca de 800 miligramas (mg) de cálcio, enquanto a partir dos 6 até aos 12 precisa de uma dose entre 800-1200 mg. Esta necessidade volta a aumentar para os adolescentes a partir dos 12 - 1200 a 1300 mg.»

Contudo, a prática de uma alimentação errada não depende apenas dos pais. «As escolas têm também responsabilidade neste assunto, pelo tipo de comida que disponibilizam nas cantinas, oferecendo uma dieta desequilibrada do ponto de vista nutricional», afirma Magda Serras.

Segundo a nutricionista, «regra geral, nas prateleiras do bar da escola é mais fácil encontrar bolos, batatas fritas embaladas e fatias de pizza do que uma sanduíche ou um iogurte, que seria muito mais saudável. Mesmo os pais, ao prepararem o lanche dos filhos, devem pensar duas vezes antes de mandar um bolo. Uma sanduíche não dá assim tanto trabalho a preparar e é muito mais saudável».

Todavia, a nível escolar, o cenário começa a melhorar. Além disso, só é preciso um pouco de imaginação para fazer pratos saudáveis e apelativos aos olhos dos pequenos! «Um dos truques que costumo ensinar é utilizar alimentos de várias cores no prato», comenta a nossa entrevistada. O verde, o branco, o vermelho e o amarelo dos legumes tornam o prato muito mais apetitoso e apelativo. Além disso, trata-se também de providenciar à criança todos os nutrientes presentes nos alimentos de diferentes cores, como o tomate, o pepino, o milho, a beterraba, entre outros.


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