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FEBRE REUMÁTICA



É uma doença inflamatória generalizada, que surge como uma complicação tardia de uma infecção das vias aéreas superiores produzida pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, e que não foi tratada ou foi tratada incorretamente.

O mecanismo exato pelo qual se produzem as alterações da febre reumática é desconhecido, mas sabe-se que não é por ação direta dos micro-organismos  Acredita-se que esses micro-organismos desencadeiem uma reação do sistema imunológico, que seria a origem das lesões características.

Embora o primeiro episódio possa aparecer em qualquer idade, é entre os 5 e os 20 anos de idade que se produz com maior freqüência. Existe uma predisposição individual para esta doença, que ocorre em 3% das faringites por estreptococo em épocas epidêmicas.

Nos países desenvolvidos tem-se observado uma diminuição tanto em sua freqüência, quanto em sua gravidade. A febre reumática representa um importante problema de saúde pública, uma vez que é uma patologia evitável se as medidas adequadas forem tomadas.

Quadro clínico

Aparece como um quadro febril acompanhado da afecção de múltiplas articulações, com a característica de aparecer em uma articulação, desaparecer espontaneamente em uma semana, e reaparecer em outra articulação (poliartrite migratória). As grandes articulações - como os joelhos, tornozelos, cotovelos e punhos - são as mais afetadas.

O comprometimento do coração representa a alteração mais importante e a única que deixa sequelas  As manifestações são muito variáveis, desde uma insuficiência cardíaca grave até um quadro aparente.

Ao nível do sistema nervoso observa-se uma manifestação característica denominada coréia de Sydenham. Geralmente isso ocorre meses depois da infecção pelo estreptococo e se caracteriza por movimentos involuntários dos músculos da face, do pescoço e dos membros, que alteram a capacidade para segurar objetos e transtornos para caminhar e falar. Esses movimentos são intensificados pelo esforço voluntário, mas desaparecem durante o sono.

Manchas rosadas, que não coçam, aparecem no tronco e nos membros, não afetando o rosto. Adquirem a forma de anéis ao se tornarem pálidas no centro. Outras lesões características da pele são os nódulos subcutâneos, do tamanho de uma bola de gude, localizados nas articulações, no crânio e na coluna vertebral.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para a febre reumática, apenas se aplicam medidas gerais como repouso, anti-inflamatórios e antibióticos. O repouso na cama é indicado, dependendo da gravidade do quadro, pelo menos durante duas semanas (período em que podem aparecer as alterações cardíacas). A utilização de anti-inflamatórios como a aspirina, é efetivo para o alívio dos sintomas. O uso de corticoides como tratamento anti-inflamatório é tema de discussão.

A grande diminuição na incidência da febre reumática ocorreu graças à implementação de programas para prevenir a doença. A erradicação completa da infecção por estreptococos, com um tratamento antibiótico adequado, é importante para prevenir o aparecimento de um primeiro episódio de febre reumática.


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